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Osvaldo: Tromboembolismo Pulmonar e o Risco de Viagens Aéreas

Por Redação FutVitória em 17/09/2024 16:35

Tromboembolismo Pulmonar: O Caso de Osvaldo e os Riscos de Viagens Aéreas

O mundo do futebol ficou em alerta quando o atacante Osvaldo, do Vitória, foi internado com um diagnóstico de tromboembolismo pulmonar. O jogador, que se recuperava de uma pancada na perna, sentiu desconforto no tórax durante a viagem de volta para Salvador após uma partida em Goiânia.

A situação gerou preocupação e muitas perguntas sobre as causas e riscos desse tipo de problema. Para entender melhor o que aconteceu com Osvaldo , o ge conversou com especialistas em embolia pulmonar e com o departamento médico do Vitória .

Entendendo o Tromboembolismo Pulmonar: Causas e Sintomas

O tromboembolismo pulmonar, como o próprio nome sugere, é uma condição que ocorre quando um coágulo sanguíneo, chamado trombo, se desloca para os pulmões, obstruindo as artérias pulmonares.

Segundo o médico especialista Almério Machado, "Geralmente, a tromboembolia pulmonar acontece em decorrência do deslocamento de um trombo, um coágulo, oriundo dos membros inferiores. Muitas vezes por trauma, cirurgia, imobilização, esse trombo, coágulo, viaja pelos vasos dos membros inferiores até encontrar o pulmão. E ali ele dá os sintomas mais intensos e perigosos".

Osvaldo: Um Caso de Riscos Concomitantes

No caso de Osvaldo , a viagem de avião após a pancada na perna parece ter sido o gatilho para o desenvolvimento do tromboembolismo. O médico Almério Machado destaca que "Um dos fatores de risco para a tromboembolia pulmonar é viagem de avião, sobretudo as que duram mais de quatro horas. Outro fator de risco é o trauma e imobilização do membro. Acho que estávamos diante de dois fatores de risco simultâneos. O trauma recente no membro inferior e a viagem de avião. Não sei o tempo de viagem. De qualquer maneira, se já existe um risco e você sobrepõe outro, você aumenta muito as chances de fazer um evento trombótico no membro inferior, seguido posteriormente de um embolismo pulmonar".

O médico do Vitória , Marcelo Cortes, confirma a relação entre a viagem e o estado de Osvaldo , mas ressalta a dificuldade de determinar quando o trombo se formou. "Não temos como dizer quando o trombo foi formado, se foi antes, durante ou depois do jogo. A queixa dele foi no retorno, na hora que entrou no ônibus. Se ele tivesse trombo formado antes da partida, se tivesse entrado em campo, teria sim algum desfecho mais desfavorável. Mas não temos como garantir. Conversei com o angiologista que fez o exame, que disse que o trombo foi agudo. Se for agudo, tem pouco tempo. Quando avaliei o atleta, ainda na emergência, ele não tinha edema no membro inferior, que é o quadro característico com dor. Ele não tinha quadro muito sugestivo de trombose".

Recuperação e Impacto na Temporada

Osvaldo , que foi internado e passou por exames, está em fase de recuperação e receberá tratamento com anticoagulantes. O tratamento, no entanto, o impede de praticar atividades físicas de alto impacto, o que significa um afastamento dos gramados por um período de três a seis meses.

O médico Almério Machado, ao ser questionado sobre as chances de recuperação do jogador, afirma que "Hoje em dia o tratamento é muito efetivo. A chance de um indivíduo se recuperar é altíssima, de mais de 95%. A chance dele ficar com sequela é extremamente baixa".

Prevenção: Cuidados para Evitar Tromboembolismo

O caso de Osvaldo serve como um alerta para a importância de se atentar aos fatores de risco e tomar medidas preventivas para evitar o tromboembolismo pulmonar. Almério Machado, em entrevista ao ge, destaca os cuidados que as pessoas podem ter para minimizar o risco:

"As pessoas comuns, que não têm fatores de risco, como trauma, uso de hormônio, história de trombose anterior, câncer, têm baixa chance de fazer trombose. Na maioria das vezes, não precisa de maiores cuidados. De qualquer maneira, a gente recomenda que os indivíduos mais velhos ou que tenham sobrepeso ou que tenham varizes que façam algum exercício durante esses voos prolongados. É andar, mobilizar as panturrilhas para lá e para cá. Isso, pelo menos a cada duas, três horas, é o suficiente. Indivíduos que já tiveram várias trombose devem ser anticoagulados por tempo prolongado. Para as pessoas "normais" não existem recomendações especiais para voos".

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