Análise Tática: Vitória Busca Soluções Ofensivas em Meio a Empate na Sul-Americana

Defesa Sólida: Um Ponto de Luz no Empate do Vitória

Apesar das dificuldades ofensivas persistirem, o sistema defensivo do Vitória apresentou uma evolução notável. A partida segura da equipe resultou em um retorno ao caminho de não ser vazado, interrompendo uma sequência de cinco jogos sofrendo gols. Este desempenho defensivo, aliado ao ponto valioso conquistado fora de casa, representa um aspecto positivo a ser considerado em competições continentais.

O empate sem gols do Vitória contra o Defensa y Justicia na Argentina, válido pela segunda rodada da Sul-Americana, expôs as dificuldades ofensivas da equipe, mesmo com a defesa apresentando solidez. O técnico Thiago Carpini testou diversas formações no ataque, mas não obteve sucesso em encontrar a combinação ideal. No entanto, o jogo serviu para consolidar uma nova dupla de zaga como titular.

Foto: (Divulgação / Conmebol)

Alternativas no Ataque: A Busca Incansável de Carpini

Durante o confronto, Thiago Carpini promoveu a entrada de Wellington Rato no lugar de Erick, buscando soluções pela direita. Carlos Eduardo também foi acionado, substituindo Carlinhos, mas atuando aberto pelo lado esquerdo, enquanto Janderson foi deslocado para a função de centroavante. No entanto, nenhuma dessas alterações surtiu o efeito desejado no ataque rubro-negro.

Ainda buscando alternativas, Carpini experimentou Gustavo Mosquito na esquerda e Carlos Eduardo como centroavante, o terceiro a ocupar essa posição na partida. Contudo, o ataque do Vitória permaneceu ineficaz, evidenciando um problema recorrente na temporada. Uma maior produtividade ofensiva poderia ter garantido os três pontos para a equipe baiana.

Dificuldades Ofensivas Persistem

Ainda que atuando fora de casa, Carpini optou por uma formação 4-2-3-1, abandonando a escalação com três volantes utilizada nos jogos anteriores. Na tentativa de solucionar a questão do lado esquerdo do ataque, onde nenhum jogador se firmou em 2025, Janderson foi escalado nessa posição, abrindo espaço para Carlinhos como centroavante.

A equipe tentou explorar a combinação entre Janderson e Jamerson pelo lado esquerdo, mas a estratégia só se mostrou eficiente no sistema defensivo. Outro obstáculo enfrentado pelo Rubro-Negro foi a lentidão na transição da defesa para o ataque. Os volantes demonstraram dificuldade em "quebrar linhas", recorrendo excessivamente a passes laterais ou para trás.

Além disso, as raras oportunidades em que a bola chegou ao setor ofensivo foram marcadas por erros técnicos. Carlinhos apresentou dificuldades no domínio da bola, Erick errou passes e Matheusinho teve uma atuação pouco inspirada. A única jogada de destaque nos 45 minutos iniciais foi uma tabela entre Erick e Willian Oliveira, que culminou em uma finalização defendida pelo goleiro adversário.

Destaque na Defesa: Halter e Zé Marcos Formam Dupla Promissora

Um ponto positivo a ser destacado foi a atuação da dupla de zaga formada por Lucas Halter e Zé Marcos, que demonstraram segurança e consistência ao longo da partida. A expectativa é que essa formação seja mantida para os próximos compromissos da equipe.

Lucas Halter foi um dos destaques do Vitória contra o Defensa y Justicia ? Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

A defesa do Vitória conseguiu equilibrar a posse de bola (50% x 50%) e se proteger de forma eficaz contra os avanços do Defensa y Justicia, que só conseguiu criar finalizações esporádicas. A dupla de zaga, composta por Lucas Halter e Zé Marcos, teve uma atuação segura e consistente, indicando que podem ser mantidos como titulares para os próximos jogos.

Próximo Desafio: Atlético-MG no Mineirão

O próximo desafio do Vitória será contra o Atlético-MG, no Mineirão, em partida válida pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe buscará a reabilitação no campeonato, tentando superar as dificuldades ofensivas e somar pontos importantes.